tu é indie que eu sei (parte 2)
“É fato que fui ver Chelpa Ferro no Casa Grande e Ava Rocha na Cinemathèque. Mas vou começar comentando o show do Do Amor. Também na Cinemathèque, o Do Amor fez um show animadaço. Além de grandes covers do Devo, do Ween e de Pinduca, a banda tocou seu repertório próprio, sempre muito bem, e trocou de figurino três vezes. Eu ia escrever que, para quem pensa que em banda “indie” os caras ficam parados e sérios (aquela marra de “indie”), o Do Amor era um desmentido, mas vi hoje no Youtube uma sátira de Hermes e Renato (muito boa) sobre bandas indies que cantam em inglês e tocam carimbó: deixei pra lá. Mas “Pepeu baixou em mim”, a versão de “Lindo lago do amor” e a “Bicha” de Pinduca seriam exemplos perfeitos. Compadrio e amiguismo à parte, Benjão, Ricardo, Marcelo e Bubu tocam muito. caetano veloso sobre o do amor (cujos integrantes também fazem parte de sua banda) em seu blog.
e se você acha que o indiesmo de caetano pára por aí, ele ainda mandou essa:
“Sou louco pelo Cascadura há anos. Chamava-se Dr. Cascadura. No CD mais recente, “Bogary”, a banda mantém o charme Rolling Stones dos primeiros discos, mas a sonoridade pesada tem textura de Queens of the Stone Age. É muito bem feito. Cascadura é uma banda baiana (merecedora da tradição soteropolitana que vai de Raul Seixas a Pitty) que já existe há anos e que leva quem a ouve a se perguntar por que é que ela não se tornou conhecida como deveria. Fábio canta de um jeito de causar inveja a cantores de rock brasileiros (e latinos em geral): emite a voz como se fosse alguém de língua inglesa e ainda pronuncia as palavras de modo a nos levar a crer tratar-se de um cantor americano. Seu timbre e seu fraseado são tão diferentes dos de Mick Jagger que no tempo em que a banda soava mais como os Stones isso conferia grande originalidade ao som, produzindo uma combinação de base keithrichardiana com canto mais melódico e de sonoridade quase R’n’B. Sob certo ponto de vista, ele é mais musical do que Jagger. (…) Aqui, embora essa gente toda seja baiana, não há compadrio nem amiguismo: não conheço pessoalmente nenhum deles. Suponho até que seja gente que nem liga para o que eu faço (o que, em muitos casos, é simplesmente ótimo).”
concordo em gênero, número e grau sobre o casacadura. e “bogary” é um discaço.
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